Origens do fascismo, AS
As origens do fascismo, fenômeno político que exerceu enorme influência em alguns países ao longo do século XX, foram analisadas por diversos estudiosos. Entre os teóricos é fundamental o olhar latino-americano de José Carlos Mariátegui, um dos primeiros a observar e acompanhar de perto os eventos ocorridos na Itália, além de tentar proporcionar uma interpretação precisa e acurada deste movimento singular, quando era jornalista e escrevia para um jornal peruano.
Mariátegui, em busca de um clima mais adequado para sua frágil saúde, mudou-se para a Itália em 1919 e encontrou um país marcado por várias experiências históricas. O Risorgimento possibilitara uma unidade geográfica, construída e idealizada pela burguesia italiana, que deixou de lado o elemento popular. A contínua fratura do norte desenvolvido e do sul agrário e dependente – o ponto nevrálgico da estrutura econômica do país – manteve-se praticamente intacta durante toda a segunda metade do século XIX. A Itália, unida a partir do ideal cultural mazziniano através do ímpeto diplomático e militar de líderes políticos e revolucionários, como o Conde de Cavour e Giuseppe Garibaldi, ainda não atingira a maioria da população, que não falava o italiano ainda e preferia dialetos regionais.
O revolucionário peruano mostra em seus artigos, agora reunidos neste livro, que o Estado italiano surgido do Risorgimento era politicamente fraco, conservador e burocratizado e mantinha quase que inalteradas as relações e os compromissos entre a burguesia e os setores latifundiários. A Itália aparecia no cenário europeu sem força política, militar ou econômica diante das grandes potências industriais europeias. Porém uma força avassaladora estava para tomar o país: o fascismo de Benito Mussolini. Nesta série de ensaios que o revolucionário peruano Mariátegui publicou na época, agora reunidos pelo historiador Luís Bernardo Pericás, vemos o fascismo crescer e se tornar a maior força política da Itália. Dessa forma, este é um livro fundamental para se entender uma das maiores ditaduras do nosso tempo.
Mariátegui, em busca de um clima mais adequado para sua frágil saúde, mudou-se para a Itália em 1919 e encontrou um país marcado por várias experiências históricas. O Risorgimento possibilitara uma unidade geográfica, construída e idealizada pela burguesia italiana, que deixou de lado o elemento popular. A contínua fratura do norte desenvolvido e do sul agrário e dependente – o ponto nevrálgico da estrutura econômica do país – manteve-se praticamente intacta durante toda a segunda metade do século XIX. A Itália, unida a partir do ideal cultural mazziniano através do ímpeto diplomático e militar de líderes políticos e revolucionários, como o Conde de Cavour e Giuseppe Garibaldi, ainda não atingira a maioria da população, que não falava o italiano ainda e preferia dialetos regionais.
O revolucionário peruano mostra em seus artigos, agora reunidos neste livro, que o Estado italiano surgido do Risorgimento era politicamente fraco, conservador e burocratizado e mantinha quase que inalteradas as relações e os compromissos entre a burguesia e os setores latifundiários. A Itália aparecia no cenário europeu sem força política, militar ou econômica diante das grandes potências industriais europeias. Porém uma força avassaladora estava para tomar o país: o fascismo de Benito Mussolini. Nesta série de ensaios que o revolucionário peruano Mariátegui publicou na época, agora reunidos pelo historiador Luís Bernardo Pericás, vemos o fascismo crescer e se tornar a maior força política da Itália. Dessa forma, este é um livro fundamental para se entender uma das maiores ditaduras do nosso tempo.
Características | |
Autor | JOSÉ CARLOS MARIÁTEGUI; LUIZ BERNARDO PERICÁS (ORG |
Biografia | As origens do fascismo, fenômeno político que exerceu enorme influência em alguns países ao longo do século XX, foram analisadas por diversos estudiosos. Entre os teóricos é fundamental o olhar latino-americano de José Carlos Mariátegui, um dos primeiros a observar e acompanhar de perto os eventos ocorridos na Itália, além de tentar proporcionar uma interpretação precisa e acurada deste movimento singular, quando era jornalista e escrevia para um jornal peruano. Mariátegui, em busca de um clima mais adequado para sua frágil saúde, mudou-se para a Itália em 1919 e encontrou um país marcado por várias experiências históricas. O Risorgimento possibilitara uma unidade geográfica, construída e idealizada pela burguesia italiana, que deixou de lado o elemento popular. A contínua fratura do norte desenvolvido e do sul agrário e dependente – o ponto nevrálgico da estrutura econômica do país – manteve-se praticamente intacta durante toda a segunda metade do século XIX. A Itália, unida a partir do ideal cultural mazziniano através do ímpeto diplomático e militar de líderes políticos e revolucionários, como o Conde de Cavour e Giuseppe Garibaldi, ainda não atingira a maioria da população, que não falava o italiano ainda e preferia dialetos regionais. O revolucionário peruano mostra em seus artigos, agora reunidos neste livro, que o Estado italiano surgido do Risorgimento era politicamente fraco, conservador e burocratizado e mantinha quase que inalteradas as relações e os compromissos entre a burguesia e os setores latifundiários. A Itália aparecia no cenário europeu sem força política, militar ou econômica diante das grandes potências industriais europeias. Porém uma força avassaladora estava para tomar o país: o fascismo de Benito Mussolini. Nesta série de ensaios que o revolucionário peruano Mariátegui publicou na época, agora reunidos pelo historiador Luís Bernardo Pericás, vemos o fascismo crescer e se tornar a maior força política da Itália. Dessa forma, este é um livro fundamental para se entender uma das maiores ditaduras do nosso tempo. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788598325781 |
Largura | 14 |
Páginas | 348 |